KRAMER VS. KRAMER
"KRAMER VS. KRAMER", old but gold.
Primeiro gostaria de falar que o título desse filme é genial. Do filme em si, um clássico. Uma história simples, mas que acontece em várias partes do mundo o tempo todo. Dustin Hoffman interpreta brilhantemente Ted Kramer, um típico marido machista que não se importa com as coisas da casa, nem dá atenção à sua mulher e a seu filho, pois coloca se concentra totalmente em seu importante trabalho.
A primeira cena já estabelece o quanto a mãe, Joanna Kramer, em uma atuação memorável da melhor atriz de todos os tempos, Meryl Streep, está infeliz com sua família e sua vida. "KRAMER VS. KRAMER" é um daqueles filmes que mexe com você, que te faz pensar mesmo depois dos créditos finais. É um filme atemporal e totalmente opinativo. Há pessoas que ficarão do lado do marido, outras do lado da mulher. Mas assim como "Uma Babá Quase Perfeita", o filme se preocupa no final em estabelecer o que é melhor para o filho do casal, Billy Kramer, muito bem interpretado por Justin Henry. Infelizmente esse tipo de final não é o que acontece na maioria dos casos, mas não é impossível.
Bom sobre interpretações, todas estão perfeitas, sem mais. O interessante do trabalho de Hoffman é ver como ele segura o choro em determinadas cenas que sugerem que seu personagem entre em prantos. Mas não, ele sempre segura, engole, finge, de maneira brilhante, principalmente nas cenas com seu filho. Minha única ressalva em relação ao filme é a trilha sonora. Ele, a meu ver, tenta estabelecer uma trilha alegre desde o início, e eu acho que ela não combina com o tom do filme. Afinal estamos falando de divórcio, separação de mãe e filho, quebra de felicidade... isso em meio a uma trilha sonora alegre e pra cima não foi algo que me agradou. Mas claro isso não tira o brilhantismo do longa e com certeza merece ser visto muitas vezes. Um clássico que nunca se tornará passado.
NOTA: 9.0